11 de dezembro de 2020

A interferência do governo na sucessão do Congresso

 Para a grande mídia, o presidente Jair Bolsonaro quer interferir na eleição do Congresso Nacional, Câmara e Senado, prevista para o dia primeiro de fevereiro.

O objetivo do governo é apoiar o candidato Arthur Lira à presidência da Câmara e derrotar o indicado pelo atual presidente Rodrigo Maia. 

O presidente Jair Bolsonaro,por sua vez,  segundo os seus interlocutores, nega que esteja interferindo na sucessão do Congresso Nacional. Mas deve estar interferindo, porque Rodrigo Maia se tornou o maior opositor do governo. Consequentemente, o  desejo de Bolsonaro é que o deputado Arthur Lira seja o vitorioso.

Quando a interferência é declarada publicamente, o governo corre o risco de ser derrotado, em nome da independência dos poderes.. Mas não é o caso do Bolsonaro, já que ele continua negando a sua participação no processo sucessório do Congresso Nacional.

É bom lembrar que em Minas, o então governador Aureliano Chaves tentou interferir na eleição do presidente da Assembleia Legislativa ao anunciar publicamente que o seu candidato era o deputado Dênio Moreira, mas o vitorioso acabou sendo o deputado João Ferraz. Esse apoio declarado foi a causa da derrota de Dênio Moreira.

Qualquer que seja o futuro presidente da Câmara dos Deputado, a sua postura deve ser de absoluta correção, sem beneficiar governo ou oposição.Infelizmente, Rodrigo Maia preferiu seguir outro caminho e corre o risco de seu candidato ser derrotado

No Senado, parece que a disputa será mais tranquila, já que o atual presidente, Davi Alcolumbre não radicalizou com o governo. Mas de qualquer maneira haverá disputa..

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