Está chegando ao fim o reinado do deputado Rodrigo Maia como presidente da Câmara dos Deputados. Ele não poderá disputar a reeleição, por decisão do Supremo Tribunal Federal (7 A 4), com base na Constituição Federal, paragrafo 4, do artigo 57,que proíbe que um parlamentar ocupe a presidência da Câmara e do Senado por dois mandatos consecutivos em uma mesma legislatura. É o caso do deputado Rodrigo Maia. Mas ele, nos bastidores, trabalhou, obsessivamente, para que o STF permitisse a sua reeleição.
Está impedido também de disputar a reeleição à presidência do Senado, por 6 a 5 votos, Davi Alcolumbre, que teria o respaldo do Planalto. .
No caso do senador Davi Alcolumbre, a situação é diferente porque tentava a reeleição pela primeira vez. Além disso, não sofre restrições por parte do Planalto.
Contrariando a Constituição, votaram pela reeleição de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre os ministros Gilmar Mendes (relator), Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes.Já o ministro Nunes Marques votou a favor apenas pela recondução de Alcolumbre, mas não da de Maia. Votaram contra a reeleição Marco Aurélio, Cármen Lúcia , Rosa Weber, Luiz Fux, Roberto Barroso e Edson Fachin. .Placar final: 7 a 4 contra a reeleição de Rodrigo Maia e 6 a 5 contrários a recondução de Alcolumbre.
Rodrigo Maia sempre ficou contra a maioria das propostas do governo. Entrou em conflito com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro Paulo Gudes. Por isso mesmo, o Planalto ficou contra a sua reeleição. Agora ele tem até o dia primeiro de fevereiro para fazer a limpeza das gavetas, quando será realizada a eleição..
.Na Câmara dos Deputados, há um nome na disputa pela presidência da Casa. É o atual líder do Centrão, deputado Arthur Lyra. Ele teria o respaldo do Planalto, embora o presidente Jair Bolsonaro já declarou que não interfere na eleição, marcada para primeiro de fevereiro.
Rodrigo Maia, por sua vez, deverá articular um outro nome capaz de sucedê-lo. Não vai ser fácil. A sua força era o Poder na condição de presidente da Câmara dos Deputados. Agora, perdeu força e terá pouca influência na eleição da Mesa da Casa.
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