O fortalecimento da base de sustentação política do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional enfraquece, por outro lado, a ação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Sem o apoio do Centrão que hoje é um aliado do governo, Rodrigo Maia não tem condições políticas de impor uma pauta na Câmara dos Deputados contrária aos interesses do Executivo.
Ele tem o Regimento Interno em suas mãos, mas lhe falta apoio político para vetar algumas iniciativas do governo. Rodrigo Maia foi eleito duas vezes presidente da Câmara dos Deputados com o apoio dos representantes do Centrão, que hoje está ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro Paulo Guedes, da Economia, em conflito com Rodrigo Maia, declarou que agora pode dormir tranquilo com a nova base do governo no Congresso Nacional. Não vai, portanto, precisar conversar com o atual presidente da Câmara, já que o Executivo formou uma sólída base política no Legislativo.
Mas o presidente Jair Bolsonaro, por enquanto,não pretende hostilizar Rodrigo Maia. Ele ainda é importante para não atrapalhar algumas propostas do governo. Só que o reinado do atual presidente da Câmara vai até fevereiro, quando haverá nova eleição da Mesa. Pela Constituição, ele não poderá disputar a reeleição, a não ser que o Supremo Tribunal Federal entenda que pode sim, numa ação em que o PTB pede um posicionamento do STF sobre o assunto.
Fora da presidência da Câmara dos Deputados, a partir de fevereiro, Rodrigo Maia fica ainda mais enfraquecido políticamente. A sua grande força é o poder na condição de presidente do Legislativo.
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