29 de julho de 2020

A força de Rodrigo Maia vai até a eleição

É até natural que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, queira dar uma demonstração de força política elegendo o seu sucessor nos primeiros dias de fevereiro do ano que vem. Por ter cumprido dois mais, ele não pode disputar a reeleição.

Depois de fevereiro, Rodrigo Maia será um ex, sem força política, pela perda do poder. Passará a ser tratado como um deputado comum. Se conseguir fazer o seu sucessor, ele ainda poderá ter alguma influência nas decisões da Câmara dos Deputados. Mas por pouco tempo, porque em política não se delega poderes, ainda mais no comando do Legislativo.

Até a data da eleição, Rodrigo Maia será o principal articulador para eleger um candidato contrário às pretensões do Planalto. Consequentemente, vai tentar atrair os partidos de oposição como o PT, PDT, PSB, PSOL, PC do B, entre outros.

O presidente Jair Bolsonaro prefere não entrar agora no processo sucessório, mesmo porque a eleição só se dará nos primeiros dias de fevereiro. Antes do afastamento do DEM-PMB do Centrão, o Planalto jogava como candidato o deputado Arthur Lira, do PP. Mas com o Centrão rachado, Lira perde força para ser o sucessor de Rodrigo Maia.



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