29 de outubro de 2008

Transição difícil

Conhecido o resultado das eleições municiais, é natural que o prefeito eleito queira conhecer realmente a situação financeira e administrativa do seu município, constituindo assim uma comissão de transição, que, normalmente, é composta por pessoas da atual e futura administração.



Em se tratando de reeleição, nem tem sentido falar em comissão de transição. É continuar tocando o barco. Não haveria necessidade também em constituir essa mesma comissão quando o prefeito eleito foi apoiado pelo atual. Ele não vai contestar nada do seu antecessor. É o caso de Márcio Lacerda, que foi apoiado pelo prefeito Fernando Pimentel, e conhece muito bem a situação administrativa e financeira do munícipio.



Mas Comissão de transição complicada e necessária é aquela em que o prefeito eleito é adversário do atual chefe do Executivo Municipal. É o caso de Betim onde a candidata petista Maria do Carmo Lara derrotou o candidato apoiado pelo atual prefeito Carlaile Pedrosa. Ninguém tem dúvida de que será uma comissão mais litigiosa do que uma comissão de transição.



Na mesma situação está Ipatinga, onde o atual prefeito Sebastião Quintão, do PMDB, que é pai do candidato derrotado em BH Leonardo Quintão, não conseguiu a reeleição, perdendo a eleição para o petista Chico Ferramenta. A comissão de transição vai ter problema. Não deveria ser assim. Ela deveria trabalhar civilizadamente.

Nenhum comentário: