11 de novembro de 2008

O quadro partidário e as eleições de 2010

Muito confuso o quadro partidário brasileiro tendo em vista as eleições de 2010. O PMDB, que é o maior partido do País, dificilmente terá candidato próprio à presidência da República. E o motivo é um só: em nível nacional, o partido é muito fracionado, constituido por diversas facções, o que dificulta o lançamento de um candidato consensual.

O PSDB, na sucessão presidencial, está rachado entre os governadores de Minas, Aécio Neves, e o de São Paulo, José Serra. Difícil, portanto, um entendimento entre os dois, porque nenhum deles abre mão de ser o cabeça de chapa.

O PT é o presidente Lula. É ele que decide. Mas Lula não está muito interessado em fazer o seu sucessor em 2010. A sua preocupação é com 2014, quando pretende voltar ao Planalto, embora tenha dado demonstrações de que o seu candidato em 2010 é a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

A Dilma tem um perfil mais técnico do que político. Por isso mesmo, não criaria dificuldades para Lula voltar ao Planalto em 2014.

Os demais partidos vão a reboque, apoiando o candidato do Planalto ou optando pelo nome que for indicado pelo PSDB entre os governadores Jose Serra e Aécio Neves.

Na disputa pelos governos estaduais, a situação é um pouco diferente. O PMDB, por exemplo, tem condições de eleger um grande número de governadores, a exemplo do que ocorreu nas eleições municipais onde o partido teve grande desempenho, elegendo inúmeros prefeitos.

Mas ainda é muito cedo para uma análise mais profunda sobre o que poderá ocorrer em 2010.

Nenhum comentário: