2 de setembro de 2008

Afastamento não é punição

O afastamento da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) que é acusada de grampear os telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, por decisão do presidente Lula, não é uma punição. Foi uma decisão mais política a fim evitar o agravamento de uma crise entre os poderes.

O afastamento é por tempo indeterminado, até a coclusão das investigações. Se ficar comprovado que os dirigentes da ABIN nada têm a ver com os grampos, eles poderão retornar a seus cargos.

No governo de Itamar Franco, o ministro Henrique Hargreaves, foi afastado do cargo por causa de denuncias de irregularidades no exercício de suas funções. Nada ficou comprovado contra ele e Hargreves foi reconduzido ao cargo por decisão do então presidente Itamar.

Mesmo com o afastamento da cúpula da ABIN, o clima em Brasília ainda é de muita tensão pela gravidade da denuncia.

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