24 de abril de 2020

Moro acusa e Bolsonaro se defende

Além do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro enfrenta inúmeros problemas de ordem política. A exoneração do delegado Maurício Valeixo, do comando da Polícia Federal, colocou em conflito o presidente com o ministro Sérgio  Moro, da Justiça, que pediu demissão do cargo. Moro acusou o presidente de interferência política na Polícia Federal. Disse ainda que o ex-diretor Maurício Valeixo não pediu para sair. Consequentemente, não foi uma exoneração a pedido..

Já o presidente Jair Bolsonaro se defendeu, afirmando que jamais interferiu na Polícia Federal e fez críticas ao ex-ministro. Não anunciou o substituto de Moro no Miniistério. Disse também que Moro condicionou mudanças no Ministério à sua indicação para ministro do STF.

A exoneração de Maurício Valeixo é fato consumado, já que o ato foi publicado no Diário Oficial. Para o seu lugar, estavam em cogitações:Fabiano Bordignon, diretor-geral do Departamento Penitencário Nacional (seria o preferido de Moro); Alexandre Romagem,diretor-geral da ABIN (o escolhido); e Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Mas não fica só nisso. O STF deu um prazo de 10 dias para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, responder sobre os diversos pedidos de afastamento do presidente Jair Bolsonaro.

Outro problema é o inquérito instaurado para apurar as manifestações anti-democraticas ocorridas na semana passada com a presença de Bolsonaro. As investigações poderão chegar a um dos filhos do presidente.

Com todos esses problemas de ordem política, o presidente Jair Bolsonaro tenta se aproximar dos partidos que dão sustentação ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que hoje é o principal adversário do governo. A estratégia é isolar Rodrigo Maia. A crise, portanto, é muito grave, envolvendo os Três Poderes.

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