23 de junho de 2010

Rebeldia aos acordos partidários




Os acordos de cúpulas estão prevalecendo para as próximas eleições em detrimento das bases partidárias e em quase todos os partidos. O melhor exemplo vem do PT nacional que alijou a candidatura própria ao governo de Minas para salvar uma aliança PMDB-PT de apoio à presidenciável Dilma Rousseff. Foi uma agressão as bases do partido.

O PSDB deixou de ouvir as bases para sepultar a candidatura presidencial do ex-governador de Minas, Aécio Neves. Foi um movimento de cúpula liderado pelo grupo de São Paulo. Com isso, Aécio abriu mão da disputa para o tucano José Serra. e vai concorrer ao Senado.

Nos demais partidos, a situação é semelhante. Clésio Andrade quer o seu partido, o PR, apoiando o peemedebista Hélio Costa ao governo de Minas, enquanto os deputados federais desse partido, em sua maioria, estão com a reeleição do governador Antônio Anastasia.

Para acabar com esses arranjos partidários e com a rebeledia, só mesmo uma reforma política profunda. Mas isso dificilmente ocorrerá. Fernando Henrique Cardoso, no seu primeiro mandato, e o presidente Lula, também no seu primeiro mandato, priorizam a reforma política. Mas ela ficou apenas no papel. Infelizmente.

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