O presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga pesado para conseguir votos no Senado para aprovação de Jorge Messias ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
A estratégia programática do presidente é liberar as emendas parlamentares, cargos nos ministérios e muita coisa mais, beneficiando principalmente o grupo de senadores ligados ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco para a vaga de Roberto Barroso.
É possível que o presidente esteja certo, porque em política o que prevalece é o pragmatismo. Ninguém quer ficar longe do Poder. Mas quem perde é a sociedade que gostaria de ter um STF independente e sem qualquer influência política.
Infelizmente, o STF está se transformando num colegiado político num País polarizado, o que não é bom para o País.
Com o presidente do Senado suspendendo a reunião do dia 10, só depois do recesso parlamentar, no ano que vem , é que Jorge Messias será sabatinado pelos senadores. A crise entre Davi Alcolumbre e o presidente Lula ainda não foi solucionada.
A crise agora é com o Supremo Tribunal Federal por causa da decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes determinando que a iniciativa de impechement contra ministro do STF é da Procuradoria Geral da Republica.
Pela legislação atual, qualquer cidadão brasileiro pode pedir o afastamento de ministro do STF, mas o ministro Gilmar Mendes defende a constitucionalidade de sua iniciativa. Ela pode ser até constitucional, mas é casuística e imoral.