23 de dezembro de 2006

Destravar o governo

O presidente Lula está prometendo destravar o crescimeto econômico. Mas é preciso primeiro destravar o próprio governo. Substituir o discurso pela ação. O próprio presidente já sentiu que a meta de um crescimento econômico de 5% não será mais possível em 2007. O pacote que prometeu anunciar para a retomada do crescimento ainda não saiu.Ficou para janeiro, provavelmente depois que empossar o ministério da coalizão, se esta coalizão não se transformar numa colisão por causa da disputa pelo poder e cargos. Na visão do empresário nacional, algumas medidas importantes como a redução da carga tributária e da taxa de juros são necessárias para que o País siga o caminho do crescimento. Mas é pouco provável que isso aconteça, porque o governo não admite nem mesmo descentralizar a receita em benefício dos Estados e munípios brasileiros. Os governadores eleitos estão prometendo lutar por uma reforma tributária mais justa. Mas vai depender muito do Congresso Nacional, que, por sinal, está muito desgastado perante a opinião pública. Além disso, o governo' tem hoje uma maioria para impedir qualquer avanço dos Estados quando o assunto é receita tributária. Está tudo centralizado nas mãos do governo federal.Nas questões fundamentais para o País, o Congresso Nacional só decide sob pressão. Mas não deveria ser assim. O melhor exemplo foi o recente aumento salarial dos parlamentares. Ele só não foi concretizado por causa da pressão da opinião pública. É preciso, portanto, destravar também o Congresso Nacional e porque não dizer também o Poder Judiciário. Só assim haverá crescimento econômico.

Nenhum comentário: