28 de novembro de 2024

A prisão de Bolsonaro

 Desde a ´posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há quase dois anos, que se fala na prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. No rito constitucional,  é um longo processo.

Bolsonaro, no momento,  é indiciado de ser o mentor do golpe de 8 de janeiro. É acusado também de fraudar  cartão de vacina, recebimento de joias e outras coisas mais.

Mas é bom lembrar que o ex-presidente ainda não é réu. Consequentemente, o seu processo é muito longo. Juridicamente, está inelegível, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Não poderá, portanto, disputar a presidência da Republica em 2026. É um  fato concreto, a não ser que venha a anistia. Mas está, naturalmente, vai cair no STF em caso de recurso.

A situação do ex-presidente é muito complicada, na avaliação da grande mídia. Só se fala  no indiciamento do Bolsonaro. .

É claro que todo esse processo desgasta o ex-presidente, abrindo assim caminhos para a sua prisão. Resta saber quem irá mandar Bolsonaro para a cadeia. O ministro Alexandre de Morais ou o procurador-geral da República? E qual será a reação dos seus aliados e da opinião pública?  Ninguém sabe.

Uma pesquisa do  Paraná Pesquisa mostra Bolsonaro na frente de Lula, caso a eleição presidencial fosse hoje. Por aí se   vê que não vai ser fácil prender o ex-presidente.

18 de novembro de 2024

Cautela nas pesquisas

 É preciso muita cautela no julgamento das pesquisas que estão sendo divulgadas sobre política e economia, principalmente.

Em se tratando de economia, as informações, de um modo geral, partem de órgãos do próprio governo. Não são, portanto,  muito confiáveis. Nenhuma entidade ligada ao Executivo vai querer dar informações negativas. Dá mais ênfase àquelas que interessam mais ao governo.

Confiáveis mesmo são as notícias que ocorrem diariamente, principalmente sobre acidentes de trânsito, roubos, assassinatos e outros mais.

No caso da política, é bom ficar atento em relação aos institutos de pesquisas, principalmente em época de eleição. Até que no último pleito municipal, o resultado final da eleição mostrou correção. Nas eleições anteriores, no entanto, alguns institutos erraram. 

Ainda assim, as pesquisas são importantes. Mas fica o alerta. É preciso muita cautela, quando está em jogo o Poder.

17 de novembro de 2024

Esquerda sem liderança

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a única opção do PT e dos demais partidos de esquerda para a eleição presidencial de 2026. Não há outro nome em condições de vitoria por falta de liderança. Lula é o único. 

Os partidos de esquerda, principalmente o PT,  não formaram novas lideranças. O presidente Lula nem se interessou. Obviamente, não queria uma renovação para não atrapalhar o seu projeto político.

Até mesmo a sua possível reeleição em 2026 corre risco. Vai depender muito do desempenho do seu governo. Neste momento passa por dificuldades. O cenário político não é muito favorável a sua administração.

É possível que Lula esteja jogando numa divisão da oposição. O racha na direita já existe. Mas os partidos de centro são mais pragmáticos, calculistas. E eles são maioria no Congresso Nacional.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, surge como principal candidato em 2026, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro está inelegível.

Só que o governador de São Paulo fala em reeleição. Mas pode mudar o seu posicionamento e entrar na disputa. É o único capaz de enfrentar o presidente Lula. Existem outros nomes. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado é um deles.

O fato é que até a data da eleição muita coisa deverá ocorrer, porque a  política é muito dinâmica. Nada está definido.


10 de novembro de 2024

Trump convida Bolsonaro para a posse

 O presidente eleito dos Estados Unidos, Ronald Trump, convidou o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro para a sua posse no próximo dia 20 de janeiro.

Só que o passaporte de Bolsonaro depende de liberação para que o ex-presidente possa viajar.

Bolsonaro já pediu a liberação ao Supremo Tribunal Federal, que ainda não decidiu. Uma caravana de parlamentares aliados ao ex-presidente deverá  participar da posse.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não irá e vai mandar um representante. Lula, como se sabe, manifestou o desejo da eleição da candidata derrotada Kamala.

O relacionamento entre Estados Unidos e Brasil não deverá ser afetado. Deverá prevalecer o pragmatismo.

8 de novembro de 2024

Um País de privilégios

 O Brasil está cheio de privilégios em quase todos os setores. O super-salários é um deles, principalmente no Judiciário, Legislativo e Ministério Público. O Executivo, que paga mal a seus servidores, abastece com  recursos os demais poderes.

Mas não fica só nisso. Mais de 71% dos juizes no Pais recebem salários acima do teto constitucional, que é de 39.293 reais ,segundo pesquisa feita pela Frente Parlamentar da Reforma Administrativa.

É preciso acabar também  com os penduricalhos nos Três Poderes. Uma ampla reforma administrativa seria o ideal, mas ela dificilmente será feita. O maior obstáculo é o corporativismo.

Outro grande problema é a burocracia alimentando a corrupção. O País, infelizmente não tem avançado em termos de aprimoramento de suas instituições.

Desde 1964, no governo de Castelo Branco, falava-se na paridade salarial de servidores dos Três Poderes. O que se observa no momento é a disparidade salarial entre funcionários do Executivo, Legislativo e Judiciário, com a criação de penduricalhos.

No passado, o cargo de vereador não era remunerado. Agora é. Poucas são as pessoas que  disputam uma eleição por idealismo. Muitos estão à procura de um bom emprego. Por isso mesmo entra na disputa eleitoral. Até quando vai perdurar essa anomalia que já se tornou crônica. Ninguém sabe. Infelizmente.








6 de novembro de 2024

Política externa americana não muda

 A eleição de Ronald Trump não altera a politica externa dos Estados Unidos. Qualquer que fosse o presidente eleito, pouca coisa mudaria. Foi  sempre assim. Quem estabelece a estratégia da política externa é o Pentágono, que é a sede do Departamento de Defesa.

O que pode ser alterado é o relacionamento político com os chefes de Estados de outros países.No caso do Brasil, as relações comerciais vão continuar existindo. Elas interessam aos dois paises.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva torceu pela eleição de Kamala, mas desejou sucesso ao presidente eleito Ronald Trump.

Quem comemorou a vitória do presidente eleito foi o ex-presidente Jair Bolsonaro  e seus aliados. Lula, no entanto, terá algumas dificuldades no seu relacionamento com Trump. Vamos aguardar.

5 de novembro de 2024

A PEC da segurança pública

Não deverá prosperar a proposta de emenda constitucional da segurança pública, apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva  aos governadores. O governador Romeu Zema nem compareceu.

A alegação é de que só ficou sabendo do texto da proposta pouco antes da reunião. Os seus colegas do Sul criticaram o projeto. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi mais enfático ao afirmar que ele interfere na autonomia dos Estados. 

Esse também é o ponto de vista do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Consequentemente, a proposta do governo terá um destino: arquivo.

Para os congressistas, o prioritário é a eleição da Mesa da Câmara dos deputados e do Senado que será realizada em fevereiro do ano que vem.

Outros assuntos importantes: regulamentação da reforma tributária, ajuste fiscal com o corte de gastos e outros mais. Tudo indica que muita coisa ficará para o próximo ano, ou seja, depois de eleita a Mesa da Câmara e do Senado.

NOTAS CURTAS

O desejo do senador Rodrigo Pacheco é o Supremo Tribunal Federal. Pode ser candidato ao governo de Minas em 2026, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou ministro do atual governo.

O presidente da Assembleia Legislativa de MG pode ser reeleito em fevereiro do ano que vem. O mesmo deverá ocorrer com os demais membros da Mesa.

O ex-tucano Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, está sendo falado para substituir Padilha na coordenação política do atual governo. Pode ser candidato ao governo de Minas em 2026 caso Rodrigo Pacheco não entre na disputa. Silveira foi o principal cabo eleitoral do prefeito Fuad Noman.

O petista Rogério Correia já está com a sua campanha feita para a sua reeleição em 2006. Não foi por brincadeira que entrou na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Mas foi um fiasco.

A tendência do governador Romeu Zema é disputar o Senado. O candidato à sua sucessão é o vice Simões.

Por ser muito radical, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, dificilmente será o candidato da direita na sucessão presidencial. A maioria deseja o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Em toda eleição, sempre aparece um cientista político, principalmente na área de comunicação.

O presidente Lula deseja realmente uma renovação no seu partido, o PT. É pouco provável, porque ele não vai querer uma sombra.

1 de novembro de 2024

Silveira substituiria Pacheco em 2026?

 O ex-tucano e atual ministro de Minas e Energia do governo Lula, Alexandre Silveira, surge agora como virtual candidato ao governo de Minas em 2026 caso o senador Rodrigo Pacheco não entre na disputa para ser ministro do atual governo.

Em política, tudo é possível. Mas o presidente do Senado continua como o principal candidato ao governo de Minas. Ele perdeu força para o ministro Alexandre da Silveira, com a reeleição do prefeito de Belo Horizonte. Mas é falado para ministro do presidente Lula. O seu desejo é o Supremo Tribunal Federal.

Silveira, do governo federal, foi o principal cabo eleitoral de Fuad. Esteve sempre ao seu lado. Até apareceu com um boné"Sou Lula" nas comemorações da vitoria do prefeito de BH. Ao contrário do presidente do Senado, que em nenhum momento participou da campanha eleitoral de Fuad, apesar de serem do mesmo partido, o PSD.

O que pesa contra Alexandre Silveira é a sua origem política:é um ex-tucano. Já o senador Rodrigo Pacheco é rejeitado por uma grande parte do eleitorado conservador mineiro pela  sua posição em relação aos governos de Bolsonaro e Lula. Ele obteve apoio dos dois na sua reeleição para o Senado. Alem disso, inviabilizou algumas propostas da oposição. Sofreu, portanto, desgaste.

Como a política é muito dinâmica, preferimos acompanhar o que poderá ocorrer daqui para frente.