5 de fevereiro de 2007

Collor pode ser o novo num Congresso desgastado


A volta do ex-presidente Fernando Collor ao cenário político nacional como senador por Alagoas ainda é uma incógita quanto às suas verdadeiras pretensões políticas. Por enquanto está muito macio, comedido e até humilde. Diz estar apoiando o presidente Lula e não quer saber de confronto com seus antigos adversários, ou seja, aqueles que foram os responsáveis pela sua deposição. Mas parece que a sua estratégia, inicialmente, é conquistar o apoio da opinião pública para depois então defender o seu projeto que não pode concluir como presidente da República. O ex-presidente tem como arma o seu grande poder de comunicação e de grande orador que é . Pode, por isso mesmo, surprender como uma forte e nova liderança política num Congresso Nacional muito desgastado perante a opinião pública. Mas tudo vai depender do desempenho do ex-presidente como senador. Ele ja anuciou que agora tem condições de dar sua verdadeira versão sobre o seu afastamento da chefia do governo. Está prometendo também apresentar um projeto dispondo sobre a reforma política. Collor terá como aliado o ex-deputado Roberto Jefferson, que é temido pelos políticos depois que denunciou a existência do mensalão e que acabou provocando a demissão do então poderoso ministro José Dirceu, da Casa Civil. Em política, tudo é possível.

TETO

É uma discussão tola querer saber quem ganha mais: os magistrados ou os parlamentares. O desafiante é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio de Mello, ao tomar conhecimento de que os parlamentares pretendiam congelar os salarios dos magistrados. Essa discussão revela, por outro lado, uma constatação: nem o Judiciário nem o Legislativo estão cumprindo o teto salarial estabelecido na Constituição.

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