15 de fevereiro de 2007

Teto salarial é só no discurso

O teto salarial no serviço público foi estabelecido para colocar um basta nos altos salários. Mas nada disso ocorreu. Ninguém, em termos de salários, foi incomodado. O teto, na realidade, se transformou num piso salarial, numa utupia e, em alguns casos, até elevou os salários dos marajás. Quem estava abaixo do teto queria chegar a ele e quem estava acima não teve qualquer corte. A maior reação partiu do Judiciário onde existem magistrados e funcionários recebendo acima do teto. Até que o Conselho Nacional de Justiça tentou cortar os altos salários. Mas se deu mal quando a presidente do STF sugeriu uma gratificação para os seus integrantes, que, em alguns casos, passariam a receber acima do teto.
Por enquanto, o assunto está morto, aguardado uma definição clara do Supremo Tribunal Federal sobre o valor real do teto. O ministro Marco Aurelino Melo, presidente do TSE, está defendo um teto de R$ 24.500 mil para o Judiciário nos Estados e não R$ 22.111 mil. Quer dizer: um teto para aumentar e não para cortar. Uma coisa é certa: a curto e médio prazo, os parlamentares vão equiparar os seus salários aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. É só esperar. Outro detalhe: haverá um teto único para os servidores dos três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário, mas nivelando por cima.


O RACHA NO PMDB

Na última terça-feira afirmamos que a unidade do PMDB era apenas aparente. Agora a informação é de que a briga interna é pelo Ministério da Saúde, que foi ocupada pelo mineiro Saraiva Felipe. O grupo governista tendo à frente os senadores José Sarney e Renan Calheiros não admite abrir espaço no governo para os peemedebistas liderado pelo presidente Michel Temer. A briga vai continuar.

Nenhum comentário: