28 de outubro de 2018

Bolsonaro terá que ceder para governar

Numa acirrada campanha eleitoral em que os extremos se defrontaram dividindo o País, Jair Bolsonaro, do PSL. foi o vitorioso. Ele é o novo presidente da República para cumprir um mandato de quatro anos, derrotando o petista Fernando Haddad.

Mas terá que negociar politicamente, porque ninguém consegue governar o País  sem o apoio do Congresso Nacional. Jânio Quadros e Fernando Collor cairam por falta de apoio político, o mesmo ocorreu com o afastamento de Dilma Rousseff.

Bolsonaro ainda não tem maioria no Congresso Nacional para aprovar as suas propostas. Mas no início não terá problema em formar uma grande maioria. As adesões virão naturalmente dentro de um pragmatismo parlamentar.

Sobre as reformas - previdenciária, política, tributária, principalmente - elas terão que ser feitas ainda sob o impacto do resultado da eleição. Se deixar para depois, elas cairão no esquecimento.

Os grandes derrotados foram o PT e o PSDB. A polarização deixou de existir entre os dois partidos. Na campanha de Fernando Haddad não deu certo "Lula livre". O tucano Geraldo Alckmin também não emplacou. Representava o velho.

No caso da sucessão mineira, a polarização entre PT e PSDB também deixou de existir. Romeu Zema, eleito governador, representou o Novo. Terá muitas dificuldades em comandar um Estado deficitário. Não tem, por enquanto, maioria na Assembleia Legislativa para aprovar as suas propostas. Terá que mudar o seu discurso através de uma negociação. É só esperar.

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