12 de janeiro de 2007

A disputa pelos cargos e vitória dupla do governo

A eleição da Mesa da Câmara dos Deputados está mostrando que o prioritário não é a recuperação da credibilidade da instituição perante a opinião pública. O que se observa é a disputa pelos cargos. Cada partido ou grupo partidário querendo o seu espaço. Em outras palavras: é a briga pelo Poder. O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo, era o candidato preferido do presidente Lula. Mas o PT pressionou e Lula acabou concordando com a candidatura do petista Arlindo Chinaglia. Isso ficou demonstrado no acordo firmado entre o PT e o PMDB para a eleição de Chinaglia. Pelo arranjo entre os dois partidos, o candidato petista será eleito agora e daqui a dois anos o novo presidente será um repreesentante do PMDB. O PSDB, adversário do governo e do PT, entrou também no jogo para ter um representante na Mesa, a primeira vice-presidência, e que será ocupada pelo deputado mineiro Nárcio Rodrigues, muito ligado ao governador Aécio Neves. O acordo implica na eleição de um tucano para o comando das Assembléias Legislativas de São Paulo e Bahia. Com isso, o PSDB passa a apoiar o candidato Arlindo Chinaglia., mas racha o partido. O governo, por sua vez, conseguiu uma vitória dupla: inviabilizou uma candidatura tucana à presidência da Câmara e ainda dividiu a oposição.

NA ASSEMBLÉIA

Na Assembléia Legislativa de Minas, o quadro sucesório está praticamente decidido. O presidente deverá ser mesmo o deputado Alberto Pinto Coelho, do PP, atual líder do governo no Legislastivo. Uma possível disputa seria pela primeira secretaria-geral. O governo quer o cargo para o deputado Dinis Pinheiro, do PSDB, que deverá ser eleito. O PMDB reivindica o mesmo cargo para o deputado Antônio Júlio, que já presidiu a Casa, mas tem o veto do Palácio da Liberdade.

PDT

A indicação do presidente do PDT mineiro, Manoel Costa, para a Secretaria de Reforma Agrária não foi bem recebida pela bancada estadual do partido. O deputado Sargento Rodrigues já declarou que Manoel Costa não representa a bancada estadual. A situação do dirigente pedetista piorou ainda mais depois que anunciou que vai levar uma proposta do partido de apoio ao presidente Lula pelo fato de ocupar cargo de confiança o governo de Aécio Neves, que se opõe ao presidente Lula.

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