O presidente da República, governadores e prefeitos sempre interferiram no Legislativo, ainda que indiretamente.Alguns, no entanto,extrapolam e vão para o confronto direto.
O caso mais recente foi o apoio ostensivo do governo para eleger Arlindo Chinaglia presidente da Câmara dos Deputados. Não deu certo porque o governo não articulou bem e o vitorioso foi o deputado Eduardo Cunha, do PMDB.
Aqui em Minas, o então governador Aureliano Chaves manifestou publicamente o desejo de eleger Dênio Moreira presidente da Assembleia Legislativa. A sua interferência também não deu certo e o eleito foi o deputado João Ferraz.
Para dar certo, a interferência do Executivo tem de ser feita através dos seus lideres no Legislativo e não ostensivamente, partindo para o confronto.
E qual é a influência dos governadores junto às bancadas dos seus respectivos Estados no Congresso Nacional? É relativa. Influem pouco ou quase nada, dependendo naturalmente da matéria em discussão. Se ela for de interesse do parlamentar, o governador pode contar com o seu voto.
E há uma razão para isso. A maior vinculação do parlamentar federal é com o presidente da República. Não é à toa que a presidente Dilma Rousseff formou um governo de coalizão para ter uma ampla maioria no Congresso Nacional. Só que a sua maioria está hoje muito fragilizada.
A grande influência dos governadores é nas Assembleias Legislativas.A dependência do parlamentar em relação ao governo é muito grande. É do Executivo que saem as verbas para a realização de obras em seus redutos eleitorais.
Se um deputado quer sobreviver, politicamente, o caminho é aliar-se ao governo. Na oposição fica mais difícil.
E já tem deputado se aliando ao governo através dos chamados "blocos independentes".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário