4 de julho de 2017

O esvaziamento de Rodrigo Janot

O então governador de Minas, Israel Pinheiro, em certa ocasião, disse a este repórter, que todo governante em fim de mandato cai no esvaziamento.  Até o garçon desaparece. Deixa de servir o cafezinho.

O repórter procurou no Palácio da Liberdade, na mesma ocasião, um dos mais antigos garçons para lhe perguntar qual foi o melhor governador. A sua resposta: o próximo.

A frase de Israel e do garçon, tudo indica, se aplica ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que está em fim de mandato. Deixa o cargo no dia 17 de setembro.

Não fica só nisso. O presidente Michel Temer acaba de dar uma injeção de esvaziamento no Janot ao antecipar o nome de Raquel Dodge como a futura procuradora-gel da República. Ela é tida como adversária de Rodrigo Janot.

Provavelmente, o Janot, mais no futuro, vai para o esquecimento, a exemplo do que ocorreu com o então procurador-geral da República, Aristides Junqueira, que não deixou em paz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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