8 de abril de 2021

CPI vai alimentar a crise

 Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal manteve a proibição de abertura de cultos religiosos durante a pandemia.

O ministro Nunes Marques votou pela abertura, mas a maioria ficou contra.

Há quem diga que a agressividade do ministro Gilmar Mendes, com o seu voto mantendo a proibição provavelmente,  é proporcional às críticas e até ameaças que tem recebido pelas redes sociais. 

Já o novado Nunes Marques foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro e sua liminar favorável a liberação de cultos religiosos teria agradado o Planalto.

O fato é que o Supremo Tribunal Federal vai se transformando num colegiado político e não técnico, o que é ruim para o Pais. Mas não há nenhuma surpresa, porque os ministros são indicados, politicamente, pelo presidente da República. Não deveria ser. É só mudar  a Constituição, o que é uma atribuição do Congresso Nacional.

À noite, o ministro Barroso determinou que o Senado instale uma CPI para apurar possíveis omissões do governo no combate à pandemia. E o STF alimentando ainda mais a crise.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que cumprirá a decisão monocrática do ministro Barroso, mas advertiu que essa decisão vai se transformar num palanque eleitoral para as eleições de 2022. Pacheco criticou a decisão do ministro Barroso

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