27 de outubro de 2021

Pacheco e Kalil acordados

 Com a filiação do senador Rodrigo Pacheco ao PSD, não há mais dúvida de que o senador mineiro será candidato à presidência da República nas eleições do ano que vem. É o desejo do presidente do partido, Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo.

Kassab vai tentar viabilizar Pacheco como candidato de terceira via para acabar com a polarização existente hoje entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

E tudo foi trabalhado por Gilberto Kassab. Os entendimentos começaram antes da eleição de Alexandre Kalil para prefeito de Belo Horizonte, envolvendo o senador Rodrigo Pacheco.

Pelo acordo, Rodrigo Pacheco não disputaria a prefeitura de Belo Horizonte para apoiar Alexandre Kalil, o que de fato ocorreu. Por sua vez, Kalil, que será candidato ao governo de Minas nas próximas eleições, apoiaria Pacheco numa possível candidatura à presidência da Republica.

Uma prova de que os dois estão acordados foi a presença de Alexandre Kalil em Brasília para prestigiar a filiação do senador Rodrigo Pacheco ao PSD.

Não houve nenhuma surpresa, porque, anteriormente, já haviamos comentado neste espaço

 sobre esse acordo entre Pacheco e Kalil, com o aval de Gilberto Kassad, presidente nacional do PSD.

Mais uma CPI?

 Já se fala na criação de uma nova CPI: a da rachadinha, obviamente para atingir o presidente Bolsonaro e seus filhos. Em outras palavras: seria uma CPI eleitoreira, já visando a sucessão presidencial do ano que vem.

E a iniciativa parte, ao que parece, do mesmo grupo majoritário da CPI da Pandemia, que chegou ao fim propondo o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro, com base no relatório do senador oposicionista Renan Calheiros.

Toda CPI não tem poder de punir, mas, sim, de propor punição, arquivar  ou de isentar. O processo vai para o Ministério Público, a quem caberá decidir se propõe ou não a denuncia.

Conforme declarou o ministro Barroso, do STF, o resultado de uma CPI é mais político do que jurídico. Consequentemente, vai dar em nada em termos de punição.


23 de outubro de 2021

O vínculo de Pacheco agora é com São Paulo

 Apesar de ter sido eleito senador  por Minas Gerais, o vinculo maior agora de Rodrigo Pacheco é com São Paulo, tendo como padrinho Gilberto Kassab, que deseja que o presidente do Senado seja candidato á presidência da República nas eleições do ano que vem.

Já decidiu até deixar o DEM para ingressar no PSD, que é presidido pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A sua filiação ocorrerá na próxima quarta-feira, em Brasília.

Rodrigo Pacheco, como se sabe, foi eleito para presidir o Senado,com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, com quem está praticamente rompido. Não é um rompimento declarado. Mas como presidente do Senado tem criado algumas dificuldades para o governo.

E tudo começou por ocasião da CPI da Pandemia. Na ocasião, Pacheco instalou a CPI por decisão do Supremo Tribunal Federal, embora tenha declarado anteriormente que a Comissão Parlamentar de Inquérito seria uma antecipação do debate sobre a sucessão presidencial. Não resistiu e determinou a a instalação da CPI.

Rodrigo Pacheco ainda não assumiu a condição de candidato à sucessão presidencial, mas ninguém tem mais dúvida de que ele o fará seguindo uma orientação do seu padrinho Gilberto Kassab. Resta saber como seguirá a sua base eleitoral em Minas Gerais.

20 de outubro de 2021

Renan Calheiros sai desgastado

 Além de promover o vazamento de seu relatório, o senador Renan Calheiros sai desgastado perante o grupo majoritário da CPI da Pandemia. No seu relatório, Renan incluiu o presidente Jair Bolsonaro como genocida e outros crimes. Só que o seu grupo ficou dividido e obrigou o senador alagoano a recuar.

Ainda assim, Bolsonaro, no relatório, será responsabilizado pela crise sanitária. Mas o senador Renan Calheiros sai muito desgastado perante a opinião pública, o mesmo ocorrerá com a CPI. 

Os governistas, que são minoria na CPI, deverão apresentar um relatório alternativo isentado o presidente Jair Bolsonaro.

O relatório do senador Renan Calheiros será encaminhado ao Ministério Público, a quem caberá denunciar ou não Bolsonaro. Mas vai dar em nada. A oposição vai continuar com o seu discurso com base nas conclusões da CPI, pensando na sucessão presidencial. Já os governistas vão defender o governo. Uma discussão tola e cheia de vaidades. Infelizmente.

RODRIGO PACHECO

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deixará o DEM para ingressar no PSD de Gilberto Kassab.Ele já fez a comunicação ao presidente nacional do DEM, ACM Neto. Ninguém tem mais dúvida de que o senador mineiro será candidato à presidência da Republica, conforme desejo de Gilberto Kassab.

Rodrigo Pacheco, como se sabe, foi eleito presidente do Senado com o apoio do  presidente Jair Bolsonaro. Agora, distanciado do Planalto, ele, provavelmente, será concorrente do presidente Bolsonaro. Em política, tudo é possível. O que não falta é traição.

18 de outubro de 2021

O indiciamento é isento?

 O relatório do senador Renan Calheiros,  da CPI da Pandemia,  é isento indiciando o presidente Jair Bolsonaro em 11 crimes pela crise sanitária, sendo ele um ferrenho oposicionista do governo?

É claro que não. O presidente Jair Bolsonaro cometeu muitos equívocos, mas não a ponto de ser indiciando por um senador que faz oposição radical ao governo.

Se o relatório partisse de um senador isento e equilibrado, a situação seria bem diferente. Mas não é o caso do senador Renan Calheiros. O grupo majoritário da CPI já está dividido por causa do vazamento do relatório do senador Renan Calheiros 

Por ter uma maioria de 7 a 4 votos, o relatório ainda assim, deverá ser aprovado e encaminhado à Procuradoria Geral da Republica a quem caberá denunciar ou não Bolsonaro.

Os quatro senadores governistas na CPI deverão apresentar um relatório alternativo isentando o governo.

E quais são as consequências? A oposição vai continuar com o seu discurso com base no relatório de Renan Coelho pensando na sucessão presidencial. Já os governistas continuarão defendendo o governo.

Em outras palavras: vai dar em nada, mesmo com o apoio de uma parte da grande mídia defendo o relatório da CPI.




9 de outubro de 2021

Polarização inviabiliza terceira via

 A polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inviabliza a terceira via na sucessão presidencial do ano que vem.

Outro problema: quem seria o nome capaz de derrotar Bolsonaro ou Lula?  Não existe neste momento.

Fala-se no presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Mas não seria uma indicação consensual. É mais do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Rodrigo Pacheco, que obteve o apoio do presidente Jair Bolsonaro na eleição para presidente do Senado, está um pouco desgastado com a a sua base eleitoral de Minas Gerais pela sua postura relacionada com a instalação da CPI da Pandemia.

Os tucanos, mesmo sem candidatos viáveis, estão brigando. Jogam neste momento com três candidatos: o governador de São Paulo, João Dória, o senador Tasso Jereissati e o governador do Rio Grande do Sul.

Outro postulante é o Ciro Gomes, que dificilmente uniria os partidos de esquerda. Consequentemente, a polarização entre Bolsonaro e Lula ainda prevalece, faltando um ano para a realização das eleições.

5 de outubro de 2021

O discurso da oposição é a pandemia

O discurso da pandemia para as próximas eleições é a crise sanitária. Neste momento, tudo está concentrado na CPI da Pandemia do Senado, onde a oposição tem uma maioria de 7 a 4 votos.

Só que a CPI já tem uma data para encerrar os seus trabalhos: 24 deste mês. O relator, senador Renan Calheiro, oposição ferrenho do presidente Jair Bolsonaro, deverá apresentar o seu relatório responsabilizando o governo pela crise sanitária.

Os governistas, minoritários na CPI, provavelmente, vai apresentar um relatório alternativo isentando o governo. Ainda assim,  a oposição vai continuar acusando o presidente Jair Bolsonaro, com base no relatório do senador Renan Calheiros.

Por aí se vê que a CPI está chegando ao fim, mas a oposição vai continuar com o seu discurso acusando o presidente Jair Bolsonaro pela crise sanitária. O que está em jogo, realmente, é a sucessão presidencial. Ninguém tem dúvida disso.  

Bolsonaro no palanque do governador

Ao sancionar a lei que  libera 2,8 bilhões para a ampliação e privatização do metrô de Belo Horizonte, o presidente Jair Bolsonaro fez rasgados elogios ao governador de Minas, Romeu Zema. Agora não há mais dúvida: Bolsonaro vai apoiar a reeleição do governador, num possível confronto com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, nas eleições do ano que vem. 

Zema vai disputar a reeleição sem se afastar do cargo. Já Kalil terá que se afastar da prefeitura para entrar na disputa, conforme determina Constituição.

Resta saber qual será o posicionamento de partidos como o PT, MDB e PSDB, entre outros. Kalil terá um aliado nacional, que é o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O PT deve ter candidato próprio, mas se a eleição for decidida no segundo turno entre Zema e Kalil, o partido vai apoiar o atual prefeito de Belo Horizonte. O MDB está inclinado a ficar com o prefeito.

Já o PSDB é uma incógnita. A sua base pode apoiar o governador. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deverá apoiar o prefeito de Belo Horizonte, dentro da orientação do presidente do PSD, Gilberto Kassab. O senador Antônio Anastasia também apoiará Kalil.

O quadro ainda é de indefinição, faltando ainda um ano para a realização das eleições.