29 de novembro de 2007

Infidelidade é premiação.

A Justiça Eleitoral ainda vai demorar a julgar os processos em que partidos políticos pedem a devolução dos cargos de parlamentares que trocaram de legendas. Os pedidos se baseiam numa recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral que entendeu que o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar. A decisão do TSE se aplica aos cargos de vereador, prefeito, deputado estadual e federal, senador e presidente da República.

Ameaçados de perda de mandato, alguns parlamentares voltaram a seus partidos pelos quais foram eleitos. Aqui em Minas, um deles, Leonardo Moreira, foi até premiado. Eleito pelo antigo PFL (hoje DEM), Leonardo decidiu depois, em 14 de fevereiro, filiar-se ao PTB. Mas com a decisão do TSE, corria o risco de perder o mandato. Preocupado, retornou ao DEM em 3 de abril último e foi agora promovido à secretaria geral do partido em Minas. Quer dizer: a infidelidade para ele foi um prêmio. Esse é o retrato do deteriorado quadro partidário brasileiro. Infelizmente.

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