17 de outubro de 2009

Ninguém que abrir o jogo sucessório

Na sucessão presidencial, ninguém quer abrir o jogo. Nem o presidente Lula, nem a cúpula do PSDB. Lula avançou mais ao antecipar a indicação da ministra Dilma Rousseff como candidata à sua sucessão.

Mas ele ainda tem problemas. Precisa formalizar a aliança com o PMDB e encontrar uma solução para Ciro Gomes, que postula também à presidência da República.

Os tucanos, por sua vez, ainda não sabem quem será o candidato entre os governadores José Serra e Aécio Neves.

O PSDB sabe que o governo não leva todo o PMDB. Pelo menos uma fatia do partido fica com o candidato tucano, Serra ou Aécio. Espera por isso mesmo por uma definição por parte do governo e da cúpula peemedebista.

Pesam também os problemas regionais. No caso de Minas Gerais, são três os postulantes ao governo do Estado pela base de sustentação política do presidente Lula: Hélio Costa, do PMDB, e Patrus Ananias e Fernando Pimentel, do PT.

Apesar da movimentação desses três candidatos, já se sabe que a decisão será do presidente Lula. A situação mais tranquila e a do governador Aécio Neves que já sinalizou como seu candidato o atual vice-governador Antonio Anastasia. Mas Aécio tem pressa numa definição sobre a sucessão presidencial. Tudo indica que sairá em março, já muito tarde.

Se Aécio não for candidato à presidência da República, ele disputa o Senado com cadeira já assegurada, podendo presidir aquela Casa caso José Serra seja eleito o sucessor de Lula. Mas o quadro sucessório ainda está muito nebuloso, porque ninguém quer abrir o jogo.

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