10 de maio de 2021

CPI radicaliza ouvindo de novo Queiroga

 Parece que a estratégia da CPI da pandemia onde a oposição tem uma maioria de 7 a 4 votos é chegar ao presidente Jair Bolsonaro, inviabilizando a sua reeleição no ano que vem. A CPI tem um prazo de 90 dias para concluir o seu trabalho, mas esse prazo pode ser prorrogado.

Dois ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, já foram ouvidos pela comissão e deixaram o governo numa situação não muito confortável. Teich chegou a dizer que deixou o ministério por falta de autonomia. Já Mandetta procurou preservar os gestores da saúde. O atual ministro, Marcelo Queiroga, preservou o presidente Jair Bolsonaro, mas defedendeu o isolamento social.

No próximo dia 19, quarta-feira, será a vez do ex-ministro Eduardo Pazuello, que é um dos principais alvos da comissão para depois chegar ao presidente Bolsonaro. O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, deverá também ser ouvido.

O senador Renan Calheiros, relator, é um ferrenho adversário do presidente Jair Bolsonaro. O seu relatório final deverá acusar o governo como responsável pela pandemia. Já os governistas, que são minoria na comissão, deverão apresentar um relatório alternativo, procurando isentar o governo.

A CPI - voltamos a repetir - está muito politizada. O que está em jogo,na realidade, é a sucessão presidencial do ano que vem, numa possível disputa radicalizada entre Bolsonaro e Lula. Até lá muita coisa poderá ocorrer em termos políticos.

O presidente da CPI quer ouvir novamente o ministro Marcelo Queiroga, radicalizando ainda mais a política dentro da comissão.

O virus da pandemia, no entanto, e ,infelizmente, vai continuar vivo, matando milhares de brasileiros.

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