4 de março de 2007

Reforma política será mais um remendo

Marco Maciel

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, vai retirar da pauta o projeto que trata da reforma política, alegando que a matéria precisa ser mais debatida, principalmente por parte dos novos parlamentares. Foi até uma decisão sensata porque a reforma política só será aprovada através de um amplo entendimento partidário. Não basta colocar a matéria em pauta para votação se não há um consenso sobre a mesma. Fernando Henrique Cardoso, no seu primeiro mandato, priorizou a reforma política e ela nem saiu do papel. Repetiu a dose no seu segundo mandato e a reforma não avançou. O presidente Lula, no seu primeiro mandato, falou também em priorizar a reforma política, mas não tomou nenhuma iniciativa para viabilizá-la. Agora está intessado na reforma, mas quer que a iniciativa parta dos partidos políticos. Por se tratar de matéria que envolve todos os partidos políticos, ela dificilmente será concretizada. Se sair alguma coisa, será apenas um remendo: fidelidade partidária, financimento público de campanha, o voto em listas fechadas e outras coisas mais. Não será, portanto, uma ampla reforma política. Será mais um remendo. O maior defensor da reforma política na área do Congresso Nacional é Marco Maciel. Ele, efetivamete, fez um estudo profundo sobre as mudanças que deveriam ser feitas para aperfeiçoar o sistema político-eleitoral brasileiro. Só que a sua proposta, infelizmente, não prosperou no Congresso Nacional.

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